Advogado sergipano denuncia morte de cadela após ingestão de petisco
Um advogado de Sergipe registrou um boletim de ocorrência para denunciar a morte de sua cadela que, possivelmente, sofreu intoxicação após consumir petiscos da marca Petz, que são fabricados pela Bassar. Os produtos Dental Care, Every Day e Petz Cuidado Oral tiveram a venda proibida e foram recolhidos do mercado após notificação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em razão da morte de cães em Minais Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas, Goiás, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina.
O advogado Cristiano Barreto detalhou que sua cadela era saudável e ativa e morreu, no último dia 26 de agosto, devido uma pancreatite e duas paradas cardíacas. Como ainda não havia relacionado a morte do animal à ingestão dos petiscos, o advogado doou os materiais e os brinquedos à uma outra cadela, que morreu poucos dias após contato com o material. O fato acendeu o alerta e fez com que o advogado percebesse que os petiscos ingeridos pela sua cadela eram aqueles cuja venda foi suspensa pelo Mapa.
“Fiz uma notificação junto a Petz para que ela divulgasse os riscos e para que as outras pessoas que compraram esses petiscos, antes das vendas serem proibidas, não deem a seus animais. A empresa também deve tomar providências, como por exemplo, disponibilizar clínicas para que a população possa levar os animais que ingeriram os petiscos. Há muitas pessoas que não têm condições de custear o tratamento de seu animal”, conta. O advogado relatou ainda que após a notificação, a Petz informou que está aguardando a conclusão das investigações. Além do Boletim de Ocorrência, o advogado informou que dará entrada em uma medida judicial.
De acordo com a Mapa, as amostras dos produtos foram encaminhadas aos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária do Mapa para análise. O órgão informou que a suspensão das vendas, assim como a interdição da fábrica Bassar Indústria e Comércio Ltda é uma medida preventiva e poderá ser alterada a depende dos resultados da análise.
A Bassar
A Bassar Pet Food informou, por meio de seu site oficial, que a produção da fábrica foi interrompida até que todas as suspeitas de contaminação sejam totalmente esclarecidas. “A empresa também contratou uma empresa de perícia para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e maquinários em sua fábrica, e de todas as matérias primas que compõem o produto final. De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos sejam apresentados”, diz parte da nota.
A empresa informou ainda que todos os seus fornecedores já foram acionados para que seja feito um rastreamento dos insumos utilizados para averiguar uma possível contaminação. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.
A Petz
De acordo com nota publicada pela Petz, após o conhecimento sobre as primeiras suspeitas de intoxicação através do consumo dos petiscos da marca Bassar, todos os produtos foram retirados voluntariamente dos pontos de vendas da rede. A empresa também se colocou à disposição para colaborar na apuração dos fatos.
“Se você adquiriu um dos produtos sob investigação, orientamos que suspenda o consumo do petisco, até que o resultado conclusivo da perícia, previsto para a próxima semana, seja divulgado. Recomendamos também que observe atentamente se seu pet apresentar variações em seu comportamento habitual. Em caso de dúvidas ou sintomas suspeitos, procure seu veterinário de confiança”, diz a nota.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
O post Advogado sergipano denuncia morte de cadela após ingestão de petisco apareceu primeiro em O que é notícia em Sergipe.
