Eleição presidencial de 2026 estará ainda mais polarizada que a anterior

Eleição presidencial de 2026 estará ainda mais polarizada que a anterior

 

Três anos se passaram e o cenário político brasileiro é praticamente o mesmo quanto à radicalização entre a Direita e a Esquerda e, faltando pouco mais de um ano para o próximo pleito, a tendência é que essa “polarização” fique cada vez mais acentuada, considerando que a preocupação maior dos partidos políticos que compõem o “Centrão” não é o Poder Executivo, mas se fortalecer cada vez mais no Congresso Nacional e estabelecendo uma espécie de “governo paralelo” independente de quem está comandando o País.

Em qualquer pesquisa realizada atualmente para a presidência da República, segue a polarização entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – mesmo temporariamente inelegível – e o atual presidente Lula (PT). Caso se confirme o impedimento do principal nome do PL, alguns levantamentos também consideram as pré-candidaturas de Michelle Bolsonaro (PL) e do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que são extremamente competitivos.

Mas, independentemente se o pré-candidato da oposição será Jair, Michelle ou Tarcísio, a realidade é que todos compõem o mesmo agrupamento, dentro da polarização contra o PT e Lula, visivelmente a única alternativa competitiva da Esquerda para fazer frente aos partidos mais conservadores. Partidos de Centro como o União Brasil e o PSD, tão decisivos para a política de Sergipe, apenas “ensaiam” projetos nacionais, mas não descartam acomodação com a indicação da vaga de vice-presidente.

Pela situação, o Congresso do PSB oficializou nesse domingo (1º) o nome do prefeito de Recife (PE), João Campos, como presidente nacional da legenda. Em seu discurso, o jovem gestor saiu em defesa da continuidade de Geraldo Alckmin e do PSB no posto de vice-presidente da República na chapa encabeçada por Lula. Esse movimento dos socialistas certamente vem para “frear” o avanço do PSD de Gilberto Kassab que quer aumentar a participação política de seu partido.

Existem rumores de que o PSD poderia indicar os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ou do Paraná, Ratinho Júnior, como pré-candidatos à vice-presidente da oposição e o atual prefeito do Rio de Janeiro e pré-candidato a governador, Eduardo Paes, como vice-presidente de Lula. A legenda tem um alinhamento muito maior com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e apesar de forte presença no governo do PT, politicamente parece caminhar em direção contrária.

Já o União Progressista (federação do União Brasil com os Progressistas) tem a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, em curso, mas o próprio já sinalizou que recua se o ex-presidente for para a disputa, sem contar que o vice-presidente nacional, ACM Neto, já descartou qualquer entendimento com o PT para 2026. Em síntese, tudo se encaminha para mais um embate, e mais acirrado, entre Direita e Esquerda, com Bolsonaro (ou alguém indicado por ele) contra Lula.

 

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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Da 93Notícias

Daniela Domingos

Daniela Domingos

Jornalista, professora de Filosofia, especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão Pública e Mídias Digitais, e mestranda em Ciências de Dados

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