Brasil reforça meta de reduzir uso de amálgama com mercúrio em tratamentos dentários
O Ministério da Saúde reiterou, nesta sexta-feira (7), durante a 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP-6), o compromisso brasileiro de diminuir gradualmente o emprego de amálgama dentário que contém mercúrio.
Em sua manifestação na conferência, a pasta afirmou que o país está em condições de apoiar a futura eliminação total dessa liga metálica, mas defendeu uma transição “gradual e segura” para evitar prejuízos ao acesso da população aos atendimentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O posicionamento brasileiro destaca a proteção da saúde pública, a preservação ambiental e o cumprimento das metas estabelecidas pela Convenção de Minamata, que busca reduzir os impactos do mercúrio sobre pessoas e ecossistemas. De acordo com o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan, o governo pretende incentivar técnicas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção.
Queda no uso do material
Dados do Ministério da Saúde mostram que a utilização de amálgama nos serviços odontológicos do país vem caindo. Entre 2019 e 2024, a participação do produto nos procedimentos restauradores passou de cerca de 5% para 2%, resultado da adoção de alternativas como resinas compostas e ionômero de vidro.
Desde 2017, o SUS usa exclusivamente amálgama encapsulado, medida que, segundo a pasta, garante manuseio mais seguro e reduz a exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Da 93Notícias