União Brasil e PP rompem com governo Lula e apoiam anistia a Bolsonaro

A federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, anunciou nesta terça-feira (2) o rompimento com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, tomada pela cúpula das siglas, inclui a determinação para que todos os filiados deixem os cargos no Executivo federal. Em outra medida de grande impacto político, a federação também declarou apoio a um projeto de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A saída do governo deverá ocorrer em até 30 dias. Com a decisão, os ministros André Fufuca (Esporte), do PP, e Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, deverão deixar seus postos.
Apesar do anúncio, a federação abriu uma exceção para nomes ligados a aliados do Planalto. Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), devem ser mantidos. O mesmo acontece com o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, indicado por Arthur Lira (PP-AL).
A decisão de romper com o governo ocorre uma semana após uma reunião ministerial na qual o presidente Lula cobrou fidelidade dos ministros do Centrão, sugerindo que aqueles que não se sentissem confortáveis deveriam deixar o governo. As declarações do presidente, que também fez críticas a líderes partidários como Antonio Rueda e Ciro Nogueira, aumentaram a pressão pelo desembarque.
O movimento da federação, que já vinha se alinhando com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), potencial adversário de Lula em 2026, pode reduzir a base de apoio do governo no Congresso, dificultando a aprovação de projetos de interesse do Planalto.
Da 93Notícias