Rogério precisa de um “pré-candidato a governador” para disputar a reeleição

Atualmente as principais lideranças do Partido dos Trabalhadores em Sergipe não conseguem chegar a um consenso sobre o processo político de 2026. Enquanto o ministro Márcio Macedo e a suplente de deputada federal Eliane Aquino trabalham nos bastidores para tentar aproximar o governador Fábio Mitidieri (PSD) da legenda, boa parte da militância petista, liderada pelo senador Rogério Carvalho (PT), demonstra que não quer apoiar a continuidade do governo estadual.
Todos, entretanto, defendem um quarto mandato do presidente Lula (PT), mas são incapazes para buscarem um entendimento aqui no Estado. Muito além da vaidade, o que está pesando dentro do PT sergipano é o comando da legenda. Depois de Marcelo Déda (in memoriam), as “tendências” vivem em conflitos, onde cada uma tenta impor suas teorias e argumentações. Os críticos do governo Mitidieri ou defendem um projeto “puro-sangue” ou sinalizam para o ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PDT).
Rogério, por sua vez, parece determinado em conseguir sua reeleição e demonstra não ter muita preocupação em fazer acenos para Fábio Mitidieri. Tanto que o petista tem buscado o apoio de políticos dos mais variados partidos e agrupamentos, inclusive do PL, mesmo indo de encontro à polarização nacional entre aliados de Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Rogério busca o apoio dos prefeitos de Itabaiana e Areia Branca, Valmir de Francisquinho e Talysson de Valmir, respectivamente.
Por mais que setores da imprensa tentem fazer a discussão limitada entre PT e PL, Rogério Carvalho larga na frente dos demais porque supera o debate ideológico e se comporta como um político profissional, em busca de resultados e votos, efetivamente. O petista tem plena consciência que a “bolha” não será o suficiente para reelegê-lo, ainda mais em uma eleição das mais disputadas que teremos pela frente, com todos de olhos nas duas vagas para o Senado Federal.
Para isso, Rogério tem consciência de que, se não compor a chapa de reeleição do atual governador, ele precisará encontrar outro pré-candidato a governador que possa “chamar de seu”. A impressão é que o petista se mantém aberto para apoiar uma proposta de um partido do Centro para governar Sergipe (que pode ser Valmir) e, a depender, unificar os interesses comuns e apoiar Edvaldo Nogueira, fortalecendo uma terceira via. Mas certamente tudo com o aval do Palácio do Planalto…
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Da 93Notícias