Quem está “bancando” Edvaldo para o Senado e com que intenção?

Há uma movimentação em andamento nos bastidores da política de Sergipe, com foco na montagem da chapa majoritária para 2026 e chama a atenção que o ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), que sinalizou que ficaria “mergulhado” no início da gestão da prefeita Emília Corrêa (PL), mas menos de seis meses depois o pedetista já começou a caminhar pelo Estado, mesmo em locais por onde talvez nunca tenha passado, mas com foco em uma das vagas para o Senado no próximo ano.
O problema é que, se a atual prefeita enfrenta uma série de adversidades no início de sua gestão, Edvaldo deixou muita gente insatisfeita quando deixou a Prefeitura de Aracaju, inclusive entregou a cidade repleta de lixo por conta da suspensão da coleta. Não custa lembrar que o ex-prefeito também deve enfrentar algumas CPIs bem polêmicas que podem ser instaladas na Câmara Municipal nos próximos meses, quando passará a ser investigado pelos vereadores.
Sem mandato, Edvaldo também perdeu o prestígio político. A maioria dos vereadores que lhe apoiavam, inclusive do PDT, hoje estão na base e dão sustentação à prefeita Emília Corrêa. O ex-prefeito não tem habilidade no quesito “liderança” e não consegue administrar seu próprio agrupamento. Há quem aposte que ele sonha em voltar à PMA em 2029, mas nem os críticos da atual gestão defendem seu retorno e entendem que “seu tempo já passou” na capital.
A turma não reclama tanto do “Edvaldo sem mandato”, mas não quer nem ouvir falar no “ex-prefeito com mandato”. Desatencioso, de pouco diálogo e ruim de honrar seus compromissos políticos. Já existem novos nomes em formatação para 2028 e que não passam por ele. Mas, ainda assim, o ex-prefeito se anuncia como pré-candidato ao Senado na base governista, onde ele vai disputar as duas vagas na chapa com o senador Alessandro Vieira (MDB) e o ex-deputado André Moura (UNIÃO).
Existe, inclusive, a possibilidade de o senador Rogério Carvalho (PT) também entrar nesta disputa e, como perguntar não ofende, como Edvaldo, sem prestígio político algum neste momento, conseguiria convencer o agrupamento a rejeitar o petista, Alessandro ou André Moura em detrimento dele? Para este colunista ou é muita pretensão de quem “acha” que ainda tem muito capital político para oferecer ou há mais “alguém” nos bastidores “bancando” esta pré-candidatura.
E aqui este colunista não está tentando tirar o direito de Edvaldo disputar um mandato eletivo, seja ele qual for! Mas de perceber o quão desgastado ele se encontra junto ao eleitorado e à classe política, independente da gestão de Emília na PMA. Mas quem estaria “incentivando” essa pré-candidatura ao Senado do ex-prefeito? E com que objetivo? Qual a intenção já que dificilmente ele reúna força política para vencer em 2026? Este projeto prejudica mais quem nesta disputa? Vale a reflexão…
Da 93Notícias