Protestos da Esquerda consolidam polarização e revelam posições políticas

Os atos registrados em várias capitais do Brasil, ao longo desse domingo (21), organizados por partidos políticos da base do governo Lula (PT), centrais sindicais, movimentos sociais e algumas organizações da sociedade civil, para protestar contra a PEC da Blindagem e o projeto que prevê anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, consolidaram o cenário de polarização política no País, que há anos se divide entre Direita e Esquerda.
Desde as primeiras horas desse domingo foram inevitáveis as comparações, nos principais centros, dos atos da Esquerda com as mobilizações do eleitorado de Direita e mais conservador, durante o último 7 de setembro, defendendo a anistia completa para o ex-presidente Jair Bolsonaro e os envolvidos no 8 de janeiro, mas também condenando o governo Lula e a cassação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os governistas estão celebrando a mobilização da Esquerda, muito embora ela tenha sido “reforçada” em algumas cidades por shows artísticos de cantores como Caetano Veloso, Maria Gadú, Gilberto Gil, Chico Buarque e Djavan, além de outros artistas e celebridades que, mesmo sob o argumento de defesa da soberania nacional, findaram externando suas posições políticas para o eleitorado em geral, que hoje já conhece “os posicionamentos” de alguns “famosos”…
Assim como tivemos em 2018 e em 2022, nas eleições de 2026 teremos novamente um País dividido entre Direita e Esquerda, sendo que desta vez com algumas posições bem definidas entre artistas e setores que se declaravam “isentos politicamente”. Entretanto, mesmo com as mobilizações desse domingo, também chamaram atenção as ausências de algumas “celebridades” que optaram por se preservar e não “alimentar” o cenário de polarização já consolidado.
Na Bahia, por exemplo, mesmo com um forte apelo para a Esquerda no ato realizado em Salvador (BA), apenas a cantora Daniela Mercury e o ator Wagner Moura foram para a “linha de frente”. Outros artistas que não compareceram chegaram a ser questionados, mas suas ausências tanto revelam uma identidade com os movimentos mais conservadores, como também deixam transparecer uma vertente daqueles que preferem sair dessa “bolha” que tomou conta dos debates políticos do País.
Em síntese, os atos desse domingo, que teriam como a justificativa de defesa do povo brasileiro e de sua soberania, supostamente unindo setores da Direita e da Esquerda, na verdade se consolidaram como movimentos politizados e com um viés governista, contrários à oposição do governo Lula, em especial, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Mais atos virão pela frente, “equilibrando as forças”, fortalecendo a tal polarização e revelando algumas posições políticas…
CRÍTICAS E SUGESTÕES
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Da 93Notícias