Lula defende união internacional para solucionar conflito na Ucrânia
O presidente Lula, em viagem ao continente europeu, nesta quarta-feira (26), esteve no Palácio da Moncloa, em Madri, sede do governo espanhol, para um encontro bilateral com o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez. Depois, foi ao Palácio Real para um almoço oferecido pelo rei Felipe VI.
Na Moncloa, representantes de órgãos dos dois países assinaram três acordos de cooperação. Depois, Lula e Sánchez fizeram um pronunciamento conjunto sobre as questões abordadas no encontro, como a retomada das relações diplomáticas entre os dois países, a proteção ao meio ambiente e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Ainda em seu discurso, o presidente do Brasil destacou a importância da paz para o crescimento mundial, e que está “incomodado” pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Para ele, apenas a negociação entre as partes, sob mediação e incentivo de vários outros países, pode resolver a questão. Uma responsabilidade que deveria ser do Conselho de Segurança da ONU.
“Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, não houve discussão no Conselho de Segurança. Quando a França e a Inglaterra invadiram a Líbia, não houve discussão. E agora a Rússia, integrante permanente, também não discutiu. Ora, se os membros que têm a responsabilidade de dirigir a paz mundial não pedem licença, porque é que os outros têm que obedecer? Então acho que está na hora da gente começar a mudar as coisas. Está na hora de a gente criar um G20 da paz, que deveria ser a ONU”, defendeu.
Durante o encontro no Palácio da Moncloa foram assinados três acordos de cooperação entre Brasil e Espanha, nas áreas de Educação, Trabalho e Ciência e Tecnologia.
Do A8/Lagarto