Áurea Ribeiro garante que os sergipanos “podem esperar” dela e do mandato “defesa do trabalho e do social”

Pode estar fora de foco ou da realidade considerar Áurea Ribeiro, 66 anos, Republicanos, deputada estadual eleita no último dia 1º de outubro, como uma neófita ou uma caloura, apesar de essa ser a primeira eleição dela para qualquer mandato.

Pode parecer fora da realidade porque, embora seja mesmo iniciante num mandato, Áurea Ribeiro tem vivências profundas com a cena política. Tem cumplicidade e tem uma visão incomum dessa área. No passado e no presente. Para começo de conversa, ela é mãe do Gustinho Ribeiro – uma vez vereador de Lagarto, duas vezes deputado estadual e que acabou de se reeleger deputado federal para o segundo mandato numa dobradinha que rendeu a ela os 26.200 votos.

Áurea Ribeiro é, ainda, esposa do ex-deputado estadual Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, o Pupinha, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, sogra de Hilda Ribeiro, prefeita de Lagarto, e nora de Rosendo Ribeiro, histórica figura da política sergipana, ex-prefeito de Lagarto, ex-deputado estadual por alguns mandatos e a quem ela tem como uma espécie de guru. Na esfera executiva, Áurea já foi secretária de Indústria e Comércio de Lagarto, numa das gestões de Valmir Monteiro, quando Valmir e a família dela eram aliados.

De modo que Áurea Ribeiro nem reclama do fato de ter acessado um mandato legislativo já a caminho da madureza. “Não tenho problema com isso. Mesmo porque o meu trabalho sempre foi feito em nome de todos, do social e da vida pública, e a semente que você semeia nem sempre é para ser colhida de imediato. Às vezes, ou talvez sempre, essa semente fica ali esperando o momento certo de eclodir”, diz Áurea.

“Mas não existe esse dilema de tempo, e agora é que foi essa hora, com as pessoas me dando esse presente em forma de mandato. Talvez colher na maturidade seja até mais saboroso. Me apego muito a uma visão de Seu Ribeirinho, de que existe uma faculdade formal, na qual você ganha saberes formais e pega um diploma, mas a maior faculdade que o ser humano tem é a própria vida. É onde aprendemos que devemos sempre vivenciar mais e mais a história real para com ela nos fortalecer”, diz.

E é com os conhecimentos dessa “faculdade real e da vida” que Áurea Ribeiro se admite “preparada” para o exercício de um mandato que ela pretende não ver desbotado. “Eu, como uma mulher, sempre defendi e trabalhei pelo social, e é isso que os sergipanos podem esperar de mim e do meu mandato nos próximos quatro anos. Nas discussões na Alese do que seja bom para o nosso povo, estarei sempre presente e decidindo pelo sim, sempre defendendo o social”, diz ela, num despojamento comunicacional bem seguro.

“Esse será o foco do meu trabalho, sempre de olho nas camadas sociais menos favorecidas de Lagarto e do Estado inteiro, para que eu possa bem servir à sociedade. Aprendi muito na escola do saudoso Rosendo Ribeiro, meu sogro, com quem sempre fiz campanha juntos, e o meu lema será sempre aquele do “fazer o bem sem olhar a quem””, reforça a futura parlamentar.

Apesar de o grupo da sua família ter tido uma votação menor do que a dos membros da família Reis – Fábio Reis, reeleito federal e Sérgio Reis, quase chegando à Alese – internamente em Lagarto na eleição deste ano, Áurea Ribeiro diz que isso não muda “o grau de satisfação” com o resultado em seu favor.

“A eleição foi do Estado inteiro, mas mesmo assim me sinto muito bem contemplada por Lagarto, e eu e Gustinho só temos a agradecer de coração aos lagartenses. Que Deus abençoe a todos que deram seus votos a mim e a meu filho. A vitória nos contemplou, e numa eleição de Estado contam todos os votos, ou os votos de todos os lugares”, diz ela.

Pela leitura de Áurea, o resultado dessa eleição reforça, “ainda mais”, o poder político do grupo da sua família. “A minha vitória e a do meu filho Gustinho Ribeiro sinalizam um fortalecimento ainda mais do nosso grupo no Estado e sobretudo em Lagarto. Nosso grupo necessitava de uma voz na Assembleia. E Lagarto vai permanecer com dois deputados estaduais ali (o outro será Ibrain de Valmir). O grupo e Sergipe nos escolheram, e só tenho é que agradecer a votação, a vitória e a confiança”, diz.

Pela lógica do reforço do “poder do grupo político” da sua família, Áurea faz o inventário. “Nós temos a prefeita Hilda Ribeiro, que faz uma administração muito positiva, com avaliações muito boas. Temos Gustinho Ribeiro, que é o nosso deputado federal e nosso líder, e que faz em Brasília um trabalho identicamente muito bom tanto para Sergipe quanto para Lagarto, e agora a minha vitória no último dia 1º veio a dar mais fortalecimento a esse grupo”, diz.

Para Áurea, no entanto, a ação política desse grupo não se encerra com os resultados do dia 1º de outubro, com a eleição dela, a de Gustinho e a do senador Laércio Oliveira. O foco dos Ribeiro agora é eleger Fábio Mitidieri governador de Sergipe -embora seja o mesmo dos Reis, que são, inclusive, do PSD. “Todo o nosso grupo começou o projeto com Fábio Mitidieri, vai terminar com ele e estamos sentido o gostinho da vitória dele”, opina Áurea.

“Mas é justo advertir: só se vence eleição com trabalho. Vitória é resultado de uma soma, e essa soma só vem no final. Ninguém ganha de véspera. Política muda muito e valerá sempre o ditado de que nada como um dia após o outro e uma noite no meio. Às vezes num segundo têm mudanças que transformam muitas coisas”, diz ela.

Por Jozailto Lima

Daniela Domingos

Daniela Domingos

Jornalista, professora de Filosofia, especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão Pública e Mídias Digitais, e mestranda em Ciências de Dados

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