Alexandre de Moraes “politiza” o STF e compromete todo o Judiciário brasileiro

Alexandre de Moraes “politiza” o STF e compromete todo o Judiciário brasileiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, vive na atualidade, uma “dicotomia” de sentimentos junto ao povo brasileiro: os mais alinhados com a Esquerda e os movimentos sociais, em sua maioria, aprovam a postura do magistrado contra as manifestações públicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na relação comercial com o nosso País, e por determinar, monocraticamente, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já a outra parcela da sociedade, mais alinhada à Direita e aos conservadores e ala empresarial de centro-direita, avalia como “abusiva” e “politizada” a ação do ministro do STF, que apesar de indicado por um político, como o ex-presidente Michel Temer, desrespeita diversos veículos de imprensa e persegue setores da oposição, impondo seus desejos e vontades, dentro da “vaidade das vaidades” e sempre numa espécie de “alinhamento” com a reeleição do governo Lula (PT).

Quando “subiu a aposta” tentando demonstrar que não se sentia incomodado no STF pelas pressões impostas pelo governo Trump, Alexandre de Moraes, na avaliação deste colunista, findou “pecando pelo excesso” e não calculou as consequências, em meio a tanta instabilidade política que o País atravessa, para determinar a prisão de Jair Bolsonaro por um gesto de agradecimento por todos aqueles que se manifestavam nas ruas de todo o País em sua defesa.

Estamos falando de um ministro da Corte mais importante do País que não esconde publicamente suas preferências políticas e finda colocando, “no mesmo patamar”, os demais julgadores daquele Tribunal, ampliando o descrédito entre a população brasileira e chamando a atenção da comunidade internacional. O que é ruim não apenas para o Supremo, mas para todo o Poder Judiciário, para todos aqueles que devem defender o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.

As medidas cautelares severas contra Jair Bolsonaro, inclusive com a instalação da tornozeleira eletrônica, sem qualquer descumprimento das determinações do Poder Judiciário, além de medidas restritivas impostas como a proibição de ter contato com seu filho e de usar qualquer uma de suas redes sociais geraram muitas discussões no País, inclusive dentro do próprio Supremo Tribunal Federal. Estava configurada ali a “censura”, a “ditadura da toga”, como denunciam os conservadores.

As manifestações volumosas em vários pontos do País, no último domingo (3), contra a perseguição de Alexandre de Moraes aos opositores de Lula e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, deram um “gás” para a Direita, que se articula para 2026. Com um celular nas mãos visualizando o que estava acontecendo, de dentro da sua casa, e com uma simples manifestação de gratidão, Bolsonaro foi sancionado com a prisão domiciliar, decisão monocrática que surpreendeu até os demais magistrados do Supremo.

Daí em diante, o ministro se excedeu e começou a perder o apoio de setores da imprensa, de dentro do STF, do Poder Judiciário como um todo e até de alguns setores da sociedade em geral. Trata-se de uma decisão extremamente abusiva e politizada contra um “inimigo fragilizado”, que perde a razoabilidade e que precisa ser contida. Acirrou as relações comerciais com os Estados Unidos, gerando mais instabilidade na política nacional. “Xandão” tá “careca de saber” que um magistrado não decide com o fígado…

 

Da 93Notícias

Daniela Domingos

Daniela Domingos

Jornalista, professora de Filosofia, especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão Pública e Mídias Digitais, e mestranda em Ciências de Dados

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