DHPP detalha prisão da mulher investigada pela morte do próprio filho na Zona Sul de Aracaju
Criança de quatro anos teria sido vítima de um afogamento no quintal de casa nessa quinta-feira, 9
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) detalhou, nesta sexta-feira, 10, a prisão em flagrante da mulher investigada pela morte do próprio filho – uma criança de quatro anos – no bairro Coroa do Meio, na quinta-feira, 9. A causa preliminar da morte é apontada como afogamento, mas os laudos periciais estão sendo produzidos pela Polícia Científica e irão ser anexados ao inquérito policial.
De acordo com a diretora do DHPP, delegada Juliana Alcoforado, a equipe foi acionada com a informação de que a criança foi encontrada morta no quintal de casa pelo Conselho Tutelar, que atendeu a um chamado da população local. “O conselheiro conseguiu alcançar o quintal a partir de uma casa vizinha, já que a mãe não respondia aos chamados, e os vizinhos estavam preocupados por terem escutado gritos da criança”, explicou.
A partir da situação encontrada pela polícia, o DHPP coletou elementos de provas que estavam no local. A mãe foi presa em flagrante. “Em depoimento, ela admitiu a prática do crime, mas o seu relato é completamente não concatenado e é desconectado da realidade. Então, é uma pessoa que visivelmente não está em suas plenas faculdades mentais”, descreveu Juliana Alcoforado.
Durante a apuração policial no local do fato, o DHPP verificou que os vizinhos relataram que a criança aparentava estar tranquila e sem sinais de abuso. “No entanto, os vizinhos ouviram os gritos da criança e passaram a pedir por socorro”, reforçou a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Quanto à causa da morte, o Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local e indicaram que a morte teria ocorrido por afogamento. “Que provavelmente aconteceu em uma poça de água causada por um chuveiro, onde o Conselho Tutelar visualizou a mãe com a criança. Estamos no aguardo do laudo para comprovar a causa da morte”, detalhou a delegada.
Diante dos relatos colhidos pelo depoimento da mãe da criança, o DHPP solicitou que a Justiça verificasse a necessidade de uma avaliação psiquiátrica. “A mãe inicialmente foi autuada em flagrante por homicídio. Diante das circunstâncias do fato, a partir da avaliação, a situação pode ser convertida em medida de segurança. O judiciário fará o procedimento avaliativo”, relatou Juliana Alcoforado.
A Polícia Civil solicita que eventuais informações que possam contribuir com o trabalho de investigação que está sendo conduzido pelo DHPP sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido. “Agradecemos qualquer informação que a população possa nos trazer sobre o caso, aqui no departamento ou pelo Disque-Denúncia”, finalizou Juliana Alcoforado.
Da PCSE