Pai de preso do 8 de janeiro denuncia negativa de saída para velório da avó

Evandro Brasileiro afirma que decisão judicial permitia a ida do filho Lucas, mas penitenciária alegou falta de contingente para escolta.
Na tarde desta terça-feira (26), um vídeo com o relato do agropecuarista Evandro Brasileiro ganhou repercussão nas redes sociais. Ele é pai de Lucas Brasileiro, preso pelos atos de 8 de janeiro em Brasília, que já havia sido vítima de um episódio de asfixia na prisão.
Segundo Evandro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, havia autorizado a saída do filho da prisão para que pudesse se despedir da avó, Joanice, falecida recentemente. No entanto, a Penitenciária IV do Distrito Federal (PDF IV) negou o deslocamento.
De acordo com documento assinado pelo secretário de Estado de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, o pedido não pôde ser atendido por “falta de contingente”. O texto explica que a saída do custodiado depende de escolta policial adequada e que a distância de 120 km entre a penitenciária e o local do enterro inviabilizaria a logística de segurança.
A negativa gerou indignação na família, que considerou a decisão uma violação ao direito humanitário do preso de se despedir da avó. O caso segue repercutindo e reacende o debate sobre a execução de decisões judiciais no sistema prisional brasileiro.
Da 93Notícias