Aracaju 167 anos: historiador relata a mudança da capital
Em 17 de março de 1855 foi fundada a nova capital de Sergipe: Aracaju. O seu nascimento está ligada à história da cidade de São Cristóvão, que até então, era a capital do Estado. Com a resolução de que seria criada uma nova capital, tendo em vista as necessidades econômicas, Aracaju surgiu e cresceu às margens do Rio Sergipe. Desse dia para cá, já se passaram 167 anos e contribui para a formação da identidade sergipana.
“A necessidade de consolidação de uma nova política de desenvolvimento baseada nos preceitos de civilidade e modernidade, na auge do ciclo do açúcar e na transformação de uma sociedade oligárquica para a burguesia urbana e pré-industrial são os principais argumentos identificados para a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju”, explica o professor de História da Universidade Tiradentes (Unit), Rony Rei do Nascimento Silva.
Foi Inácio Joaquim Barbosa, presidente da província à época, que definiu as bases para a urbanização da nova capital sergipana. “Ele considerou como fatores relevantes a embocadura do rio mais importante e com melhores condições de navegabilidade e a proximidade da pequena povoação de pescadores, para sediar o porto e a nova capital, por permitirem melhor aproximação dos navios e pela necessidade de contato mais intenso entre as vias marítima e terrestre”, conta.
Com o passar dos anos, Aracaju se desenvolveu contribuindo para a identidade cultural marcante e que se mantém em constante mudança. “Essa identidade é uma construção dinâmica feita de memórias e esquecimentos. Festas, praças, personagens ilustres, culinária, modo de falar, ecossistemas, tudo faz parte da nossa identidade. As adjetivações são elementos representativos do sergipano alegre, receptivo, trabalhador, hospitaleiro, forte são algumas das suas principais características”, afirma.
“Alguns dos seus filhos mais ilustres continuam a ser lembrados. Tobias Barreto, Sílvio Romero e Fausto Cardoso, atrelados a figuras mais contemporâneas como Marcelo Déda e João Alves Filho. Artistas, personagens da imprensa sergipana, representantes de instituições religiosas e pessoas que se destacaram na comunidade representam a forte influência que os meios de comunicação de massa exercem sobre os atores sociais”, conclui o professor.
Fonte: Ascom/Unit