IFS faz balanço após seis meses de implantação do Programa de Gestão – IFS

Após seis meses do início da implantação do Programa de Gestão no Instituto Federal de Sergipe, a comissão publicou um ‘relatório de ambientação e monitoramento’, onde traz em detalhes, o grau de comprometimento dos participantes, a efetividade no alcance de metas e resultados, os benefícios e prejuízos para a unidade, as facilidades e dificuldades verificadas na implantação e utilização do sistema SUSEP, conveniência e a oportunidade na manutenção do programa de gestão, fundamentada em critérios técnicos e considerando o interesse da Administração.

Entre os benefícios do programa, de acordo com o relatório, destacam-se o aumento da produtividade, melhoria da qualidade de vida dos servidores, maior efetividade na realização das atividades com cumprimento de prazos, melhor qualidade das entregas, acompanhamento dos andamentos das atividades, melhora da mobilidade, redução de custos e aumento na retenção dos talentos.

Ainda de acordo com a publicação, 70,4% dos gestores consideram que todos os servidores participantes se comprometeram efetivamente com o programa de gestão enquanto que 29,6% consideram apenas que a maioria se comprometeu. Quanto a avaliação do gestor–avaliador sobre as atividades desempenhadas pelos servidores, mostra que 48,1% dos gestores estão muitos satisfeitos com as atividades desempenhadas pelos servidores participantes, mesmo percentual de gestores satisfeitos. Apenas 3,7% dos gestores consideram o nível das entregas intermediário.

Com relação à efetividade no alcance das metas e resultados estabelecidos nos planos de trabalho, 66,7% dos gestores consideram que todos os servidores participantes atingiram as metas e entregaram os resultados pactuados nos planos de trabalho e nos termos de ciência e responsabilidade. Já 29,6% consideram que apenas a maioria atingiu as metas e entregou os resultados assumidos e 3,7% consideram que poucos servidores atingiu as metas e entregou os resultados esperados.

Entre os pontos negativos estão as dificuldades técnicas na implantação e na utilização do sistema SISGP/SUSEP e a diminuição do convívio social. Para a comissão, esses pontos podem ser contornados pelo oferecimento de cursos técnicos e pelo regime de trabalho parcial.

Economia

Após a implantação do Programa de Gestão no IFS, o consumo de energia caiu mês a mês em 2022, conforme novas adesões, que em 15 de outubro atingiu 365 servidores. A comissão alerta que alguns servidores ainda têm receio em aderir ao Programa de Gestão por diversos motivos, sendo os principais: alterações na cultura de trabalho por resultados e a incipiência do Programa de Gestão no Governo Federal.

A economia também foi percebida no consumo de água. Por meio de levantamento detalhado, baseado na série histórica de pagamentos efetuados à Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), mês a mês, no período de janeiro a outubro de 2022, houve a diminuição do consumo em algumas unidades. Contudo, a comissão frisa que o Programa de Gestão se iniciou de modo gradativo com algumas unidades aderindo em junho e outras apenas em agosto e, que antes diversos servidores estavam em teletrabalho devido a pandemia da Covid-19.

A comissão avalia, considerando que o consumo e o valor da fatura de energia vêm caindo de modo contínuo nos Campi e na Reitoria, demonstra a efetividade do Programa de Gestão na redução de custos. Para a comissão, no que se refere a viabilidade econômico-financeira, fica demonstrada vantagens para que haja continuidade do Programa de Gestão pelo IFS. “Sobretudo, porque urge a necessidade de contenção no uso de recursos naturais, especialmente no que tange os serviços executados por técnicos administrativos que possam ser executáveis em modalidade de teletrabalho sem prejuízo à sociedade”, destaca o texto do relatório. Outro aspecto positivo destacado pela comissão para a manutenção do Programa de Gestão na instituição é a motivação dos servidores.

Sugestões de melhorias

O programa de Gestão é incipiente na Administração Pública e deve ser aprimorado em diversos aspectos. Para a comissão, o primeiro ponto a ser aprimorado é o próprio sistema SUSEP que precisa de uma melhor interface e correção de bugs recorrentes. O segundo ponto é a alteração da tabela de atividades para contemplar atividades mais genéricas para facilitar na fase de planejamento das atividades. Assim, o servidor pode discorrer na fase de execução da atividade que efetivamente desempenhou. Além disso, reduz a incidência de solicitações de exclusão e inclusão de novas atividades.