Turismo brasileiro alcança a maior receita desde 2014
Em maio de 2023, o turismo do Brasil conquistou a maior receita para o mês desde 2014, com um faturamento de R$ 36,1 bilhões, conforme divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Trata-se de um crescimento de 8,6% em relação a igual período de 2022, e de 4% em relação a abril deste ano.
O setor tem retomado sua receita com empregabilidade, desenvolvimento de novos negócios e atração de investimentos estrangeiros, segundo declaração do presidente da CNC, José Roberto Tadros, publicada pela Agência Brasil. Outro indicador desse movimento é que a média de fluxo de aeronaves nos 10 maiores aeroportos do Brasil voltou, em maio, ao nível observado antes da pandemia.
Carlos Fonseca, cofundador da valePay, meio de pagamentos exclusivo para o setor de turismo, chama a atenção para o fato de que os os fluxos de voos já estão iguais ao da pré-pandemia, superando até mesmo, em alguns casos, o que diz respeito à demanda reprimida.
Nesse panorama, na visão do empresário, as fintechs podem atuar no mercado brasileiro por meio de suas inovações, que podem impulsionar o setor.
“O mercado é imenso, e ainda temos poucas startups no segmento. Então, ainda há diversos negócios a surgirem nesta área. Hoje vemos inovação, a maioria apenas no setor de vendas corporativas e lazer, o que deixa as demais áreas abertas aos negócios”,, reporta Fonseca.
Entre janeiro e maio deste ano, foram geradas 64,2 mil oportunidades de trabalho no turismo, sendo 9,6 mil apenas em maio. Para este ano, a estimativa da CNC é de 101,6 mil novas vagas de emprego formal.
Este ano, o setor pode arrecadar R$ 752,3 bilhões, cerca de 7,8% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, segundo estimativas do Relatório de Impacto Econômico, produzido pelo WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo). Se tudo correr conforme o esperado, o montante irá superar em 5% o valor registrado em 2019, antes da crise sanitária, quando foram registrados R$ 716,5 bilhões.
Apesar das perspectivas positivas, o cofundador da valePay destaca que o turismo tem as suas barreiras de entrada. “No caso da nossa fintech, a grande vantagem é que o Eduardo Camargo, um dos fundadores da valePay, tem experiência de 25 anos no setor – o que foi fundamental para o desenvolvimento da startup, que começou como um meio de pagamentos e é, hoje, uma conta digital completa para o mercado”, articula.
Da 93Notícias