Home equity: empréstimos aumentaram 78,7% em nove meses

Home equity: empréstimos aumentaram 78,7% em nove meses

 

O CGI (Crédito com Garantia de Imóvel), como é conhecido no Brasil o home equity – opção de empréstimo em que o cliente utiliza um imóvel como garantia -, cresce no país. Segundo um balanço conduzido pela Credihome by Loft, plataforma de crédito imobiliário do Grupo Loft, o volume de empréstimos do tipo aumentou 78,7% de janeiro a setembro de 2022, em relação ao ano precedente.

Segundo a pesquisa, 54% dos entrevistados que recorreram ao home equity contrataram o empréstimo a fim de quitar dívidas, enquanto 28% buscaram na modalidade os recursos necessários para investir em outro imóvel ou reformar o bem atual. Enquanto isso, 13% das pessoas ouvidas afirmaram que investiram o dinheiro emprestado em um negócio próprio e 5% contaram que o CGI foi uma alternativa para acessar dinheiro rápido.

Paralelamente, dados recentes do IFE (Índice FinanZero de Empréstimo) revelam que as três principais razões por trás da contratação de um empréstimo home equity foram: renovar o imóvel (24,6%), quitar dívidas (20,2%) e investir no próprio negócio (18%). O levantamento considerou as informações de 404 mil usuários cadastrados em sua base em agosto do último ano.

De forma síncrona, indicativos da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) também apontam para o avanço da modalidade no país. Segundo a entidade, o valor das concessões teve um crescimento acumulado de mais de 80% nos últimos quatro anos e apresenta perspectivas positivas.

Em média, o mercado norte-americano movimenta US$ 4 trilhões (R$ 20,78 trilhões) todos os anos, ao passo em que o volume anual brasileiro gira em torno de US$ 14 bilhões (R$ 72,73 bilhões), conforme levantamento realizado pelo Valor Econômico.

Na visão de Evandro Correia Silva, perito e sócio-fundador da Nero Perícias – empresa que atua com perícia grafotécnica e avaliação de imóveis -, o home equity tem muito a crescer no país. “A modalidade [home equity] está se popularizando com a entrada de bancos digitais e fintechs focadas neste tipo de operação, além do cenário de juros altos que os brasileiros estão enfrentando”.

De acordo com Silva, a avaliação de imóveis é essencial para o processo de expansão do home equity, uma vez que esta é uma das etapas de concessão a este tipo de crédito. “É a partir da avaliação de imóveis que uma instituição financeira pode apurar o valor da garantia que o cliente tem a oferecer, estabelecendo, assim, o limite de crédito que pode oferecer”.

O sócio-fundador da Nero Perícias ressalta que a avaliação deve ser feita a partir de procedimentos estabelecidos na norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) Nbr 14.653, que é a que estabelece como uma avaliação imobiliária deve ser feita em todo o Brasil.

Da 93Notícias

Daniela Domingos

Daniela Domingos

Jornalista, professora de Filosofia, especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão Pública e Mídias Digitais, e mestranda em Ciências de Dados

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