MP/SE propõe Ação Civil por “obra desastrosa” de Edvaldo na Hermes Fontes

O ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), que estava “mergulhado” após a derrota de seu candidato a prefeito em 2024, Luiz Roberto (PDT), recentemente retornou à cena política se colocando como pré-candidato a Senado em 2026 e já se achando no direito de fazer críticas à gestão da atual prefeita da capital, Emília Corrêa (PL), condenando (PASMEM) os problemas na coleta do lixo com a empresa Renova, que já teve seu contrato emergencial rescindido.
Logo ele que saiu da Prefeitura de Aracaju, após 20 anos, pela “porta dos fundos”, que além da derrota nas urnas no ano passado, deixou a cidade cheia de turistas com lixo acumulado por toda a parte, no final de dezembro, por conta da suspensão dos serviços de coleta pela empresa TORRE, que alegava dívidas milionárias deixadas por Edvaldo Nogueira e seu agrupamento. Débitos que, inclusive, estão sendo honrados pela prefeita Emília Corrêa, até porque a gestão pública da PMA é impessoal.
Tão contraditória a crítica de Edvaldo quanto a interminável obra do corredor das Avenidas Hermes Fontes e Adélia Franco, que ele iniciou em 2017 e concluiu sua gestão sem que ela (obra) fosse totalmente concluída e inaugurada. Para quem não lembra, durante a pandemia, a gestão de Edvaldo atravessou muitos conflitos com comerciantes que atuam (ou atuavam) na extensão dessas avenidas e que reclamavam sobre como seus negócios estavam sendo prejudicados.
Estamos falando de uma obra importante e extensa, onde muito dinheiro do povo foi investido, mas que ela sequer foi entregue oficialmente e no final da gestão passada já enfrentava problemas de abandono, descaso e falta de manutenção. E o que dizer das 256 árvores centenárias que foram retiradas das avenidas Hermes Fontes, Adélia Franco e parte da Heráclito Rollemberg, com a promessa de plantar centenas de mudas em outras áreas da cidade?
Estranhamente alguns ambientalistas silenciaram, ficaram “mudos” (SIC) diante deste dano irreparável para o meio ambiente, deixando algumas áreas naquela região ainda mais quentes. Este colunista incomodou a assessoria de Edvaldo Nogueira à época, quando questionou a falta de uma “política verde” eficiente para a cidade. Mas todo esse descaso da gestão de Edvaldo Nogueira com a cidade de Aracaju não poderia ficar impune!
Recentemente, o Ministério Público de Sergipe (MPSE), por meio da 5ª Promotoria de Justiça dos Direitos do Cidadão de Aracaju, especializada no Meio Ambiente, ajuizou Ação Civil Pública (ACP) contra o Município de Aracaju, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), com o objetivo de sanar irregularidades nas obras de alargamento das avenidas Hermes Fontes, Adélia Franco e José Carlos Silva.
O MP/SE também busca na Ação Civil a devida compensação ambiental e o ressarcimento por dano moral coletivo. Em caso de descumprimento, o MPSE solicita a imposição de multa diária, cujo valor será revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL). Ou seja, esta é mais uma “herança” deixada pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira e sua equipe para a gestão da prefeita Emília Corrêa resolver, de uma “obra desastrosa” que não conseguiram concluir! Nada como um dia após o outro…
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