Bispo se manifesta após ser acusado de receber salário e não exercer cargo em Sergipe

O bispo da diocese de Itabuna, no sul da Bahia, dom Carlos Alberto dos Santos, se pronunciou, através de nota, sobre a acusação de receber salários indevidos do Governo de Sergipe durante 16 anos.

O Ministério Público Estadual bloqueou no fim de fevereiro os bens do religioso, quando a ação estabelecia a suspeita dele ser lotado na rede estadual de ensino sergipana, mas não lecionar. A investigação iniciou após a suspeita de que dom Carlos Alberto estava como professor em Sergipe desde 2005 e no mesmo ano tomou posse como bispo diocesano no estado baiano. Assim, segundo o MP, ele receberia salários sem trabalhar.

Porém, por meio do advogado, Raphael Costa Mota, o bispo informou que ainda não foi citado para contestar a ação de improbidade administrativa movida pelo MP – que pede a indisponibilidade de bens de quase R$ 800 mil, valor dos salários recebidos indevidamente.

De acordo com o advogado, que nega as acusações, embora tenha sido instaurado processo administrativo disciplinar para apurar suposto abandono de emprego, o bispo ajuizou ação na justiça de Sergipe para anular a decisão administrativa que determinou a demissão do religioso por abandono de cargo.