Motorista por aplicativo revela diálogo com assassino de estudante esquartejado em Aracaju | Polícia
Henrique José de Andrade Matos, de 23 anos, foi morto de forma cruel, na noite da última sexta-feira (16), no bairro Farolândia, na zona sul de Aracaju. O principal suspeito é o amigo de infância, com quem dividia apartamento, Ícaro Ribeiro da Silva, de 22 anos. O crime só foi revelado após um motorista por aplicativo estranhar a ação do autor do crime, que tentou transportar o corpo.
Com exclusividade, o motorista conversou com a equipe da TV Atalaia. Após matar o amigo, Ícaro arquitetou como iria se livrar do corpo. Uma das formas, foi acionar um veículo por aplicativo, no entanto, o condutor desconfiou da ação e chamou o pai, que é um policial, que estava de folga. “Recebi um chamado com destino a praia do Mosqueiro. Fiquei na frente esperando, até que Ícaro, que se identificou como Henrique pelo aplicativo, chamou para pegar bagagens, que estavam pesadas […] Quando fui pegar, ele não deixou pegar, então desconfiei. […] Deu uma sensação de um corpo, fiquei prestando atenção. Ele colocou na mala e fui tentar ajeitar na mala, ele não deixou encostar e pediu para fechar a mala”, conta.
“Ele me convidou para subir e pegar algumas coisas que estavam em cima”, mas o motorista desistiu de subir até à residência. “Começou a melar de sangue […] perguntei o que ele tinha feito […] foi quando topei e senti que eram as costas de uma pessoa”, detalha.
Ainda segundo o condutor, ele se negou a prosseguir a viagem, Ícaro tirou o corpo do carro e o condutor ligou para o pai. “Outro motorista por aplicativo se aproximou e eu falei para ele não entrar […] nesse momento, ele veio correndo, desesperado, aí barrei ele e disse que não ia sair, ele ficou desesperado. Creio que foi nesse momento que ele deve ter jogado as partes do corpo”, explica.
Suspeito de esquartejar amigo de infância em Aracaju revela detalhes do crime em depoimento
Ícaro teria tirado a vida do amigo por volta das 23h. No outro dia, ele foi à loja de material de construção para comprar serra e esquartejar o corpo de Henrique. Ele teria comprado também tintas para pintar as paredes sujas de sangue. Em seguida, foi quando ele acionou o transporte. A polícia investiga se o assassinato de Henrique teria relação com questões financeiras.
Do A8/Lagarto