Fim da obrigatoriedade: Novas regras da CNH entram em vigor e dispensam aulas em autoescola
Resolução do Contran passa a valer nesta terça-feira. Candidatos agora podem optar por preparação independente, mas exames teóricos e práticos continuam rigorosos.
Uma mudança histórica no processo de habilitação no Brasil começa a valer a partir desta terça-feira (9). Entrou em vigor a nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que dispensa a obrigatoriedade de aulas teóricas e práticas em autoescolas (CFCs) para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias A (moto) e B (carro).
A medida, que visa desburocratizar o processo e reduzir os custos para o cidadão — que em alguns estados ultrapassavam R$ 3.000,00 —, altera profundamente a dinâmica de formação de condutores.
Como vai funcionar o “Novo Processo”?
A partir de agora, o candidato à habilitação tem duas opções:
Modelo Tradicional: Continuar contratando os serviços de um Centro de Formação de Condutores (Autoescola) para realizar as aulas.
Preparação Independente: Estudar a legislação por conta própria e aprender a prática de direção com instrutores independentes credenciados ou tutores habilitados (que cumpram requisitos de tempo de carteira e ausência de infrações graves).
As provas continuam?
Sim. É importante ressaltar que a exigência dos exames não mudou. Para obter a CNH, o candidato — independente de ter feito autoescola ou não — precisará ser aprovado em:
Exame de aptidão física e mental (psicotécnico);
Prova teórica de legislação de trânsito;
Prova prática de direção veicular, aplicada pelo Detran.
O rigor na avaliação continua o mesmo para garantir a segurança no trânsito.
“Uma no cravo, outra na ferradura”
Se por um lado a dispensa das aulas obrigatórias barateia o processo, por outro, o candidato deve ficar atento a um novo custo. Conforme noticiado na semana passada, o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial e tornou obrigatório o exame toxicológico também para as categorias A e B (antes era exigido apenas para C, D e E).
Ou seja, a economia feita com as aulas pode ser parcialmente impactada pelo custo do exame toxicológico, que varia entre R$ 100 e R$ 160.
Da 93Notícias