Música ajuda a explicar a dinâmica das emoções

Ciência das emoções
Emoções são parte intrínseca das nossas vidas, mas os cientistas ainda não sabem lidar bem com elas. Na verdade, os neurocientistas continuam procurando pelas emoções no cérebro. Ao fazer isto eles se perguntam coisas como: Como o cérebro humano rastreia as emoções e faz as transições entre elas?
Matthew Sachs e colegas da Universidade de Colúmbia (EUA) decidiram utilizar a música e uma abordagem mais avançada para avaliar a atividade cerebral, a fim de esclarecer a dependência do contexto e a natureza flutuante das emoções.
Os pesquisadores então fizeram uma colaboração com compositores, para que estes criassem músicas que evocassem diferentes emoções em momentos distintos. Em seguida, os cientistas avaliaram a atividade cerebral dos participantes do estudo enquanto eles ouviam essas músicas.
O principal resultado é que as mudanças nos padrões de atividade nas áreas do cérebro que auxiliam o processamento sonoro e a cognição social refletem transições entre diferentes emoções desencadeadas pela música. Mais importante, essas mudanças nos padrões de atividade cerebral são influenciadas pelo estado emocional anterior, revelando pistas da tão procurada transição entre emoções.
Por exemplo, quando um voluntário ouvia um trecho alegre de uma música antes de ouvir um trecho triste, seu cérebro respondia de forma diferente ao trecho triste do que se ele tivesse ouvido antes um trecho musical tenso.
Transições entre emoções
Os pesquisadores também descobriram que, quando a emoção anterior é mais semelhante à nova emoção desencadeada pela música, a transição emocional no cérebro ocorre mais cedo. Isso sugere que a relação entre atividade neural e respostas emocionais pode depender do contexto do estado emocional anterior de uma pessoa.
“Sabemos que pessoas que sofrem de transtornos de humor ou depressão frequentemente demonstram rigidez emocional, ficando basicamente presas em um estado emocional. Este estudo sugere que talvez possamos pegar alguém com depressão, por exemplo, e usar a abordagem que desenvolvemos para identificar marcadores neurais para a rigidez emocional que a mantém em um estado muito negativo,” disse Sachs.
Da 93Notícias