Prisão do bicheiro Rogério Andrade, patrono da Mocidade, abala o submundo carioca

Prisão do bicheiro Rogério Andrade, patrono da Mocidade, abala o submundo carioca

 

Suspeito de ordenar a morte de Fernando Iggnácio, Rogério é o maior contraventor do jogo do bicho e caça-níqueis do Rio de Janeiro

Nesta terça-feira, Rogério Andrade foi preso sob a acusação de mandar matar seu principal rival, Fernando Iggnácio, consolidando seu papel como um dos maiores e mais temidos bicheiros do Rio de Janeiro. Andrade controla uma rede de bancas do jogo do bicho e de máquinas de caça-níqueis pela cidade, além de ocupar uma posição de destaque na comunidade do samba como patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Sua esposa, Fabíola Andrade, é rainha de bateria da agremiação, reforçando a presença da família Andrade na cultura e na contravenção carioca.

Rogério, sobrinho do lendário contraventor Castor de Andrade, não assumiu diretamente o comando do império familiar após a morte do tio em 1997. Na época, a liderança do grupo passou a Paulo Roberto de Andrade, o Paulinho, filho de Castor, e ao genro do chefão, Fernando Iggnácio, que dividiram a responsabilidade sobre o vasto patrimônio do jogo do bicho e atividades relacionadas. Contudo, ao longo dos anos, disputas de poder intensificaram-se, levando ao conflito entre Rogério e Fernando.

Com a prisão de Rogério, a rede de contravenção no Rio pode enfrentar mudanças significativas. A rivalidade com Iggnácio culminou em uma série de confrontos e foi marcada por uma escalada de violência que chocou o estado. Agora, o desdobramento do caso pode definir os rumos da contravenção e do próprio carnaval carioca, onde o nome Andrade é amplamente reconhecido e influente.

Da 93Notícias

Daniela Domingos

Daniela Domingos

Jornalista, professora de Filosofia, especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão Pública e Mídias Digitais, e mestranda em Ciências de Dados

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