Pai é preso por matar filho de 4 anos envenenado e tentar incriminar escola
Ele confessou que misturou o veneno no mingau do filho enquanto a avó preparava a refeição; caso ocorreu em Alagoas
Na última quarta-feira (29), a Polícia Civil de Maceió (AL) esclareceu um crime estarrecedor que resultou na morte de Anthony Levy, um menino de apenas 4 anos. Após uma investigação minuciosa, o pai da criança, de 24 anos, foi preso e confessou ter envenenado o próprio filho com chumbinho, um veneno comumente utilizado para matar ratos, mas que é adquirido ilegalmente em feiras da cidade.
O crime ocorreu no bairro do Jacintinho, um dos mais populosos de Maceió. Imagens de câmeras de segurança foram cruciais para desvendar o caso. Elas mostraram o pai levando Anthony até uma creche municipal, despedindo-se do filho e, em seguida, descartando um frasco, que mais tarde foi identificado como contendo o veneno.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, a premeditação do crime ficou evidente durante a investigação. O pai planejou o ato por mais de uma semana, adquirindo o chumbinho por R$ 13, pago com seu próprio cartão. Em sua confissão, ele revelou ter misturado o veneno no mingau do filho enquanto a avó da criança preparava a refeição.
Após alimentar Anthony, o pai se desfez do frasco no corredor da creche. Minutos depois, o menino começou a apresentar sinais de mal-estar e foi imediatamente levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Infelizmente, Anthony não resistiu e faleceu.
A perícia confirmou que a substância encontrada no frasco era a responsável pela morte do garoto. O delegado Xavier destacou a gravidade do crime, classificando-o como homicídio qualificado com uso de veneno, cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão. “A frieza e a premeditação desse crime são chocantes e todos os detalhes estão sendo minuciosamente apurados”, afirmou o delegado.
O inquérito policial segue em andamento, com depoimentos adicionais sendo coletados para elucidar todos os aspectos do caso. A comunidade de Maceió está abalada com a tragédia, e o crime levanta importantes questões sobre o fácil acesso a substâncias tóxicas e a necessidade de reforçar a fiscalização.
Da 93Notícias