Dia Mundial do Rim alerta para a necessidade de cuidado ostensivo com a saúde
Segundo estatísticas da Sociedade Brasileira de Nefrologia, baseadas em um censo realizado em 2021, cerca 148 mil pessoas estão em terapia dialítica no Brasil, em decorrência de Doenças Renais Crônicas (DRC), com uma taxa de mortalidade bruta avaliada em 22,3%.
Para conscientizar a população de todos os países sobre a importância desse órgão para o bom funcionamento do corpo humano, hoje, 14 de março, é comemorado o Dia Mundial do Rim. Anualmente, a data é celebrada na segunda quinta-feira do mês de março. O médico urologista Rodrigo Tonin, especialista em cálculos renais, aproveita a data para reforçar as informações sobre como manter a boa saúde dos rins.
Segundo ele, embora o papel de filtrar o sangue e retirar dele as toxinas produzidas após metabolizar alimentos e bebidas seja o mais conhecido da população, os rins também regulam a quantidade de água no organismo, e produzem os hormônios reninina, responsável pelo controle da pressão arterial, e o eritropoetina, cuja função é estimular a produção de glóbulos vermelhos.
“Lembrando que os glóbulos vermelhos têm como função o transporte do oxigênio dos pulmões para os tecidos, e a retirada do gás carbônico que será eliminado pelos pulmões. Portanto, vejam a importância dos rins para o bem-estar do ser humano. E quando falamos em saúde dos rins, é importante lembrar que não estamos falando apenas do cuidado de um órgão, mas do bom funcionamento de todo o corpo, de ter uma vida saudável”, frisou Dr. Rodrigo Tonin.
E neste caso, em específico (os rins), a prática de atividade física regular, não fazer uso de cigarros, bebidas alcóolicas e refrigerantes, de alimentos ultraprocessados, e ter uma alimentação balanceada, com pouco sal, e ter uma boa hidratação diária, com ingestão mínima de dois litros de água por dia, compõem a “etiqueta” para uma boa saúde do corpo.
O médico urologista também alertou para outras situações que colaboram, enormemente, para o surgimento de Doenças Renais Crônicas, especialmente no Brasil, que são a diabetes e a hipertensão arterial (pressão alta), doenças crônicas que fazem com que os rins trabalhem acima da capacidade, e estejam sujeitos a colapso.
O médico urologista também orientou que a população tenha muita atenção a possíveis alterações que surjam na urina, como coloração mais escura e presença de sangue, ou dor na região lombar alta, pois podem indicar a existência de problemas renais.
“A urina na cor amarelo escuro indica pouca ingestão de água, e isso se resolve aumentando o consumo. Mas se por acaso perceber que há sangue na urina, ou dor constante na lombar, só que em posição mais alta, a orientação é buscar auxílio médico imediatamente, pois podem indicar problemas nos rins. E em qualquer caso, a prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores práticas”, finalizou.
Do A8/Lagarto