Polícia Civil prende suposto marceneiro que aplicou golpes em mais de 30 pessoas em Aracaju

Polícia Civil prende suposto marceneiro que aplicou golpes em mais de 30 pessoas em Aracaju

11 de maio de 2023, 16:43

Prejuízo estimado de apenas sete vítimas foi de mais de R$ 22 mil

A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira (11), que prendeu um homem suspeito de aplicar um golpe envolvendo uma suposta empresa de marcenaria que vendia a partir de um perfil na rede social Instagram e também atendia por contato telefônico no aplicativo de mensagens WhatsApp. Diversas vítimas registraram boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, alegando terem sido vítimas do golpista.

De acordo com o delegado Augusto César, da 1ª Delegacia Metropolitana, as vítimas chegavam ao perfil do suspeito no Instagram e eram seduzidas por belas imagens de móveis já prontos e que seriam fruto do trabalho de marcenaria do investigado. “O marceneiro acertava a visita ao local para o qual seria instalado o móvel, fazia medições e acertava o pagamento do valor total. Em alguns casos, ele concordou em receber pagamentos menores”, detalhou o delegado.

Porém, em nenhum dos casos registrados na Polícia Civil houve entrega do trabalho contratado junto ao marceneiro. Foram registrados 34 boletins de ocorrência na 1ª Delegacia Metropolitana contra o suspeito. As investigações resultaram na identificação e prisão do marceneiro. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva, que foi aceita pela Justiça. O investigado foi preso e encaminhado ao sistema prisional.

Uma das vítimas do investigado, Maristela Ribeiro, relatou que fez outros orçamentos, mas que o prazo fornecido por ele melhor se adequava. “Mas o prazo se tornou infinito, com já dois anos. No contrato, eu repassei metade do valor e ele me prometeu que entregaria os móveis em até 20 dias. A outra metade, eu entregaria depois que os móveis ficassem prontos, mas nunca foi feito nada”, relembrou.

Conforme Maristela Ribeiro, o investigado retornou à casa dela e refez a medição do local. “Ele alegava que perdeu as medidas, mas nunca entregou os móveis. Então eu fiz um acordo com um parente dele para entregar a outra metade. Eu fui em um estabelecimento e comprei o material para que ele me entregasse os móveis. Mas, foi o meu erro. Ele nunca entregou os móveis”, acrescentou.  

Na representação criminal feita pelo delegado Augusto César, ele salienta ao magistrado que o investigado, por utilizar de rede social, possui alcance a novas vítimas. “Essas pessoas de boa-fé acreditam tratar-se de profissional apto a realizar o serviço. No entanto, tornam-se vítimas do ânimo criminoso do investigado”, explicou

O delegado ressalta, ainda, que as vítimas confirmaram os crimes em depoimento e apresentaram provas da materialidade dos crimes, como por exemplo, comprovantes de pagamentos via pix, compras através de cartão de crédito e contratos. “Além de consulta ao sistema da Polícia Civil, nota-se que o indivíduo responde a outros três inquéritos policiais”, destacou.

“Um pagamento inicial era realizado pelas vítimas, porém o prazo dado pelo marceneiro para concluir o serviço nunca foi cumprido. As vítimas alegam que ficaram no prejuízo e que o marceneiro desapareceu, fato que motivou o pedido de prisão. Dezenas de vítimas foram ouvidas e confirmaram o prejuízo de milhares de reais dados pelo marceneiro”, destacou o delegado.

Da PCSE

Daniela Domingos

Daniela Domingos

Jornalista, professora de Filosofia, especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing, Gestão Pública e Mídias Digitais, e mestranda em Ciências de Dados

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